A Filosofia no Enem é cobrada de forma contextualizada, exigindo dos candidatos não apenas conhecimento teórico, mas também capacidade de análise crítica e interpretação textual. Abaixo, uma síntese detalhada sobre como o tema é abordado no exame:
1. Principais Temas e Filósofos Cobrados
- Filosofia Antiga (23,3% das questões):
- Foco em Sócrates (método dialético e “conhece a ti mesmo”), Platão (Alegoria da Caverna, teoria das ideias) e Aristóteles (ética, política e virtude).
- Pré-socráticos como Tales de Mileto e Heráclito também aparecem, geralmente ligados a questões sobre a natureza (physis) e cosmologia.
- Filosofia Moderna (16,7%):
- Descartes (racionalismo e dúvida metódica), Kant (imperativo categórico, ética deontológica) e Hume (empirismo).
- Embates entre racionalismo e empirismo são frequentes.
- Filosofia Política (6,7%):
- Maquiavel (realismo político), Hobbes, Locke e Rousseau (contrato social).
- Conceitos como democracia, justiça e poder são centrais.
- Ética e Moral (11,7%):
- Discussões sobre “mal e justiça” (Santo Agostinho, Kant) e dilemas morais contemporâneos.
- Existencialismo (6,7%):
- Sartre (liberdade e responsabilidade) e Nietzsche (crítica à moral tradicional).
2. Formato das Questões
- Textos de apoio: Trechos de obras filosóficas ou comentários de especialistas.
Exemplo: Uma questão sobre Adorno e Horkheimer analisando a indústria cultural no capitalismo tardio 8. - Análise de charges ou situações: Relacionar conceitos filosóficos a contextos sociais atuais, como democracia ou alienação.
- Interdisciplinaridade: Combinação com Sociologia, História ou Geografia (ex.: discussões sobre direitos humanos ou ecologia) 6.
3. Estratégias para Resolver as Questões
- Identificar o período filosófico: Relacionar o autor ao contexto histórico (ex.: Platão → Antiguidade; Foucault → Contemporaneidade).
- Reconhecer conceitos-chave:
- Ex.: “Imperativo categórico” → Kant; “Alienação” → Marx.
- Evitar pegadinhas:
- Alternativas podem misturar conceitos de filósofos diferentes (ex.: confundir Platão com Santo Agostinho).
4. Dicas de Estudo
- Foco nos autores mais recorrentes: Platão, Aristóteles, Descartes, Kant, Nietzsche e Marx.
- Praticar questões anteriores: Identificar padrões de provas (ex.: CESPE, VUNESP) e temas recorrentes.
- Síntese contextual: Criar resumos que conectem filósofos a conceitos (ex.: Rousseau → “Vontade Geral” e democracia).
- Fontes recomendadas:
- Livros: A República (Platão), Meditações (Descartes).
- Material didático: Introdução à História da Filosofia (Danilo Marcondes).
5. Importância da Interpretação
- Leitura atenta: Muitas questões exigem entender nuances em textos densos (ex.: diferenciar “ética” de “moral”).
- Contextualização histórica: Relacionar teorias a eventos atuais (ex.: contrato social × crise democrática).
- Repertório para a redação: Conceitos filosóficos como “justiça social” ou “liberdade” podem enriquecer argumentos.
6. Tendências Recentes
- Filosofia Contemporânea: Aumento de questões sobre Foucault (poder e sociedade disciplinar) e Adorno (indústria cultural).
- Temas interdisciplinares:
- Ecologia e ética ambiental (ex.: Peter Singer).
- Tecnologia e impactos na subjetividade humana.
Exemplo Prático
Questão (ENEM 2023):
“A diversão é o prolongamento do trabalho sob o capitalismo tardio” (Adorno e Horkheimer).
Alternativa correta: Consumo de produtos culturais elaborados no mesmo sistema produtivo do capitalismo 8.
Conclusão
A Filosofia no Enem não testa apenas memorização, mas a habilidade de articular pensamento crítico com contexto histórico e social. Dominar os filósofos-chave, praticar análise textual e relacionar teorias a problemas atuais são estratégias essenciais para um bom desempenho. Para aprofundar, consulte fontes como o relatório do Aprova Total 1 ou questões analisadas no Filosofia na Escola 2. 📚🔍
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